Se esta rua fosse minha,
eu mandava ladrilhar,
não para automóvel matar gente
mas para criança brincar.
Se esta mata fosse minha,
eu não deixava derrubar.
Se cortarem todas as árvores
onde os pássaros vão morar?
Se este rio fosse meu
eu não deixava poluir.
Joguem esgotos noutra parte,
que os peixes moram aqui.
Se este mundo fosse meu,
eu fazia tantas mudanças
que ele seria um paraíso
de bichos, plantas e crianças.
[Paes, José Paulo - "Poemas para Brincar"
- São Paulo, Ática, 1991 - 4a. edição.]
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